sábado, 16 de janeiro de 2010

Camilo Castel Branco

Na 5ª feira, 14-01-2010 na aula a "F" fez a apresentação do escritor:
Biografia
Actual casa da Rua da Rosa, em Lisboa, onde nasceu o romancistaFoto: Sara Carvalho
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825, na freguesia dos Mártires, num prédio da Rua da Rosa, actualmente com os nºos 5 a 13. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, foi baptizado na Igreja dos Mártires a 14 de Abril de 1825. Os seus padrinhos foram o dr. José Camilo Ferreira Botelho, de Vila Real, e Nossa Senhora da Conceição.
Camilo foi registado como filho de mãe incógnita, pelo que se diz, porque o seu pai e a sua avó não queriam que o nome Castelo Branco estivesse envolvido com alguém de tão humilde condição. A morte do pai obrigou-o a ir viver para Trás-os-Montes. Como era uma criança sensível e muito inteligente, vai sofrer grandes perturbações com todos os acontecimentos da sua infância. Ao longo da sua existência revelou-se um falhado nos estudos e nos amores. As vicissitudes da vida fazem-lhe despoletar a ideia de que a fatalidade e a desgraça são destinos a que não pode escapar. Foi um profissional das letras multifacetado, cuja obra o posicionou com uma das figuras mais eminentes da literatura portuguesa. Suicidou-se a 1 de Junho de 1890, na freguesia de Ceide, Vila Nova de Famalicão

Bibliografia
Na Bibliografia activa (1) de Camilo Castelo Branco contam - se 137 títulos que correspondem a 180 volumes, assim distribuídos:
A - Antologia 1
B - Biografia 4
C - Crítica 4
D - Diversos 2
E - Epistolografia 1
H - História 3
M - Miscelânea 18
N - Narrativa 9
P - Polémica 7
R - Romance 54
T - Teatro 12
V - Versos 22
Originais:
1845:
Os Pundonores Desagravados - V
Juízo Final e o Sonho do Inferno - V
1847:
Agostinho de Ceuta - T
1848:
Maria! Não Me Mates, Que Sou Tua Mãe! - N
A Murraça - V
1849:
O Marquês de Torres Vedras - T
O Último Ano de Um Valido, antecedido de O Caleche - M
1850:
O Clero e o Sr. Alexandre Herculano - P
Soneto - V - FV
Improviso - V - FV
1851:
Inspirações - V
Anátema - R
1852:
Salve, Rei! - V
Revelações - P
Hosana - V
1854:
Um Livro - M - V - R
Duas Épocas na Vida - V
Folhas Caídas, Apanhadas na Lama - V
Mistérios de Liboa (em 3 vol.) - R
(À Senhora) Laura Geordano, 6 poesias - V - FV
Cenas Contemporâneas/I - A Filha do Arcediago - R
1855:
Cenas Contemporâneas/II - M
Livro Negro de Padre Dinis - R
1856:
Cenas Contemporâneas/III - A Neta do Arcediago - R
Hino Consagrado a S.M. El - Rei D.Pedro V - V
Onde Está a Felicidade? - R
Um Homem de Brios - R
Justiça - T
1857:
Duas Horas de Leitura - N
Lágrimas Abençoadas - R
Espinhos e Flores - T
Purgatório e Paraíso - T
Solemnia Verba/ Cenas da Foz - R
1858:
Carlota Ângela - R
Vingança - R
Que Fazem Mulheres - R
1859:
A Beneficência - V
1860:
(A Madame) Adelaide Ristori - V
1861:
Abençoadas Lágrimas! - T
O Morgado de Fafe em Lisboa - T
Doze Casamentos Felizes - R
O Romance Dum Homem Rico - R
Revista do Porto - D
1862:
Poesia ou Dinheiro? - T
As Três Irmãs - R
O Último Acto - T
Amor de Perdição - R
Memórias do Cárcere (em 2 vols.) - N
Coisas Espantosas - R
Coração, Cabeça e Estômago - R
Estrelas Funestas - R
1863:
Anos de Prosa - R
Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado - R
O Bem e o Mal - R
Estrelas Propícias - R
Memórias de Guilherme do Amaral - R
Noites de Lamego - M
Cenas Inocentes da Comédia Humana - R
Agulha em Palheiro - R
1864:
Amor de Salvação - R
A Filha do Doutor Negro - R
No Bom Jesus do Monte - N
Vinte Horas de Liteira - R
1865:
Divindade de Jesus e Tradição Apostólica - M
Esboços de Apreciações Literárias - C
O Esqueleto - R
Horas de Paz - M
Luta de Gigantes - N
O Morgado de Fafe Amoroso - T
A Sereia - R
1866:
A Enjeitada - R
O Judeu (em 2 vols.) - R
O Olho de Vidro - R
O Santo da Montanha - R
Vaidades Irritadas e Irritantes - P
1867:
A Bruxa de Monte Córdova - R
A Doida do Candal - R
Cavar em Ruínas - M
Cousas Leves e Pesadas - M
O Senhor do Paço de Ninães - R
1868:
Mosaico e Silva de Curiosidades - M
Mistérios de Fafe - R
O Retrato de Ricardina - R
O Sangue - R
As Virtudes Antigas ou a Freira Que Fazia Chagas e o Frade Que Fazia Reis - M
1869:
Os Brilhantes do Brasileiro - R
1870:
D.António Alves Martins Bispo de Viseu - B
O Condenado (inclui:Como os Anjos se Vingam) - T
A Mulher Fatal - R
1871:
Teatro Cómico/A Morgadinha de Val - d'Amores e Entre a Flauta e a Viola - T
Voltareis, ó Cristo? - N
1872:
A Infanta Capelista - R (destruída; aproveitada para:)
Carrasco de Victor Hugo José Alves - R
Livro de Consolação - R
Quatro Horas Inocentes - M
A Espada de Alexandre - D
1873:
O Visconde de Ouguela - B
1873/74:
O Demónio do Ouro, em 2 vols. - R
1874:
Ao Anoitecer da Vida - V
Correspondência Epistolar entre J.C.Vieira de Castro e C.C.B., em 2 vols. - E
Noites de Insónia, em 12 fasc. - M
O Regicida - R
A Vida de José do Telhado - N
1875:
A Filha do Regicida - R
1875/76:
A Caveira da Mártir, em 3 vols. - R
1875/77:
Novelas do Minho, em 8 novelas repartidas por 12 fasc. - R
1876:
Curso de Literatura Portuguesa - C
1879:
Cancioneiro Alegre - A
Os Críticos do «Cancioneiro Alegre» - P
História e Sentimentalismo/Eusébio Macário - H - R
1880:
Suicida - N
Luís de Camões - B
Sentimentalismo e História/A Corja - R - H
Ecos Humorísticos do Minho, em 4 folhetos - M
A Senhora Rattazzi - P
1882:
Perfil do Marquês de Pombal - H
Narcóticos, em 2 vols. - M
A Brasileira de Prazins - R
1883:
D. Luís de Portugal - H
A Questão da Sebenta - P
1884:
O General Carlos Ribeiro - B
O Vinho do Porto - N
1885/86:
Maria da Fonte - H
Serões de S.Miguel de Ceide, em 6 fasc. - M
1886:
A Lira Meridional - C
Boémia do Espírito - M
A Difamação dos Livreiros Sucessores de Ernesto Chardron - P
Esboço de Crítifca/Otelo/O Mouro de Veneza - C
Vulcões de Lama - R
1888:
Nostalgias - V
1889:
Delitos da Mocidade - M
1890:
Nas Trevas - V
(1) retirado de Dicionário de Camilo Castelo Branco, de Alexandre Cabral, pgs.65 a 67, Editorial Caminho, Lisboa, 1988, s/ed.

[ CITI ]

A "F" apresentou a obra:
Queda dum Anjo
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A Queda dum Anjo é o título de um romance satírico de Camilo Castelo Branco, escrito em 1866.
Nele o autor descreve a corrupção de Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado de Agra de Freires, um fidalgo minhoto camiliano e o anjo do título, quando se desloca da província para Lisboa.
Uma das mais célebres obras literárias escrita por Camilo Castelo Branco. Descreve de maneira caricatural a vida social e política portuguesa e traz, ainda, um aspecto risível ao tratar, também, do desvirtuamento do Portugal antigo. É uma parábola humorística na qual o protagonista, Calisto, um fidalgo austero e conservador, encarna de maneira satírica o povo português. Ao ser eleito deputado, Calisto vai para Lisboa, onde se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital. Torna-se amante de uma prima distante, Ifigénia, uma relação reprovada pela sociedade puritana portuguesa. Outra atitude que provoca os princípios portugueses é a transição do personagem da posição política miguelista para a do partido liberal no governo. Ironicamente, a esposa de Calisto, Teodora, uma aldeã prosaica, imita-o na devassidão e é igualmente corrompida. Ao ser ignorada por Calisto, sucumbe ao prazer da modernidade juntamente com um primo interesseiro com quem tem um caso.
A sátira reside na descrição de personagens corruptos de maneira cômica. À princípio, percebe-se a defesa de uma tese, porém, o autor afrouxa essa idéia à medida em que a história vai se configurando. É uma obra que destoa do aspecto ultra-romântico de Camilo Castelo Branco, mas não deixa de pertencer a essa escola literária.
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Aqui fica também....
A Queda De Um Anjo
Delfins
Testemunhos da verdade
Tanto vão de mão em mão
Que se perdem com a idade
Porque ninguém nasce ensinado
O que aprendi já está errado
Não acredito no meu passado
(refrão)
É a queda de um anjo
Em cima de um homem
Que ao ganhar idade
Perde a razão
Ontem liam evangelhos
Hoje é lei a constituição
Mas que ninguém me dê conselhos
Nunca gostei que a maioria
Organizasse o meu dia a dia
Não acredito em democracia
É a queda de um anjo
Em cima de um homem
Que ao ganhar idade
Perde a razão.
A todos os anjos
De todos os sexos
Agarrem as asas ao cair do chão.

1 Comentários:

Às 16 de janeiro de 2010 às 04:07 , Blogger Irene disse...

Poderão ter acesso a toda a informação carregando nas palavras que estão a cor.
A "F" fez a apresentação oral:
- biografia do escritor
- e da obra "Queda dum anjo

 

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